A Superintendência de Cultura Popular, apresenta na próxima sexta-feira, 13/02, a partir das 18h, no Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho - Rua do Giz, 205, as exposições “Bebeô: escreteando a folia” e “Eu, gênio do carnaval”, com participações do bloco afro Akomabu e a Escola Favela do Samba. As exposições serão montadas pelo artista plástico e diretor do Centro de Cultura, Cláudio Vasconcelos e fazem parte do Carnaval da Maranhensidade 2009: É só alegria!
A exposição “Bebeô: escreteando a folia”, (Galeria da Biblioteca Roldão Lima) homenageia Escrete, uma das figuras mais populares do carnaval maranhense, e apresenta fotos que retratam a sua trajetória artística.Cantor e compositor eclético, possuía uma poesia fantástica em suas composições de afoxés, sambas-enredos, toadas de bumba-meu-boi e músicas para blocos de ritmos.
Nascido em São Luís em 1953, José Henrique Pinheiro Silva, “Escrete”, começou sua carreira artística em 1979, no bairro da Liberdade com a música Palafita , interpretada pelo grupo Rabo de Vaca.. Compôs também para a extinta escola de samba Unidos da Camboa e com o enredo Encantos do Mar foi campeã.
A partir de 1980, com o samba “Mariquinha do Sacavém passou a fazer parte da escola Favela do Samba, sua grande paixão, onde permaneceu como compositor durante 22 anos.
Sua primeira gravação fonográfica, o LP “Malungos”, se destaca como o primeiro registro de música afro-maranhense, levado às ruas pelo bloco Akomabu. Gravou dois grandes sucessos “Gaiola não é prisão pra negro” em parceria com Joãozinho Ribeiro e “Sereia”, com Carlos Gomes e Nicéas Drumond, que se tornou o hino do carnaval maranhense.
Militante de causas sociais, Escrete destacou-se na Sociedade de Direitos Humanos e no Centro de Cultura Negra (CCN-MA).Suas composições tinham como base a sua espiritualidade , ligadas às entidades do culto afro e à defesa dos movimentos negros.
Falecido em 25 de janeiro de 2007, Escrete deixa um legado musical expressivo para a cultura popular maranhense e saudade no coração de todos que com ele conviveram.
A exposição “Eu, gênio do carnaval”, será aberta às 18:30h, na Casa da FÉsta, ( Galeria Zelinda Lima ) e apresentará uma mostra da arte carnavalesca de Eugênio Araújo, com fotos, filmes, desenhos de fantasias e alegorias, e ainda o projeto da Turma do Quinto para este ano de 2009, que traz para a passarela do samba o enredo Uma luz francesa ilumina São Luís no sonho do carnaval.
Artista e pesquisador de escolas de samba no Maranhão e no Rio de Janeiro, Eugênio é professor do Curso de Educação Artística da Universidade Federal do Maranhão (UFMA).
A partir de 1992, Eugênio começou a trabalhar com montagem de alegorias em várias escolas de samba cariocas, como : Viradouro, Imperatriz Leopoldinense, Unidos de São Carlos, Unidos da Tijuca, Mocidade Independente de Padre Miguel, e em São Paulo, trabalhou na Vai-Vai e Unidos de Vila Maria.
Em 1997 realizou sua primeira exposição de arte carnavalesca na galeria do SESC, período de crise nas escolas de samba de São Luís, o que resultou na publicação do livro Não deixa o samba morrer (dissertação de mestrado), onde demonstra a importância das escolas de samba para o carnaval ludovicense como brincadeira genuinamente maranhense. O livro que estará a venda na exposição, hoje é uma das principais referências entre os estudos carnavalescos.
Eugênio Araújo, estudou ainda as pequenas escolas de samba cariocas, devido as semelhanças de dificuldades com as escolas de São Luís. E atualmente pesquisa as escolas de samba do Piauí e Pará.
Foto: Portal Governo do Estado do Maranhão
Fonte: Elo Internet
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