segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Palestra: Papel da Câmara de São Luís (1615-1668)


Palestra: "O papel da Câmara de São Luís na conquista, defesa e organização do território(1615-1668)".
Palestrante: Profa. Dra. Helidacy Maria Muniz Correa (UEMA)

Dia: 1 de novembro de 2011 (terça-feira), 18 horas
Local: Sala de aula do Mestrado em História
           Bloco 1, Térreo, Prédio do CCH, Campus do Bacanga
Promoção: PPGHIS-UFMA

Irresponsabilidade na direção


Na tarde da última quinta-feira,  29 de outubro o meu carro foi atingido por um veículo Hylux, cor branca, placa NNC 6845 Codó-MA, conduzida por Idemer da Silva Torres e ocupada pelo prefeito da cidade de Codó, Zito Rolim que vinham em alta velocidade na Av. do Jaracaty, em frente ao Shoping São Luís. Segundo testemunhas, o motorista da Hylux tentou uma ultrapassagem perigosa e acabou colidindo na traseira do meu veículo (foto).

Após a colisão o prefeito deixou o local, segundo testemunha "para preservar a sua imagem". Logo depois, assim também fez o motorista que abandonou o local do acidente antes da chegada da perícia, no caso, o ICRIM (por se tratar de um carro oficial). O mesmo negou-se a fazer um acordo no local do acidente.

No dia seguinte, ao telefone, Idemer disse que eu procurasse a "justiçazinha" para buscar meus direitos. Perguntei se o prefeito estava ciente de sua atitude. Ele então respondeu que o prefeito nada tinha a ver com o acidente. Mas ele estava no carro! Respondi.Segundo ele, não esperaram a perícia, porque não tinham tempo a perder.

Difícil confiar numa pessoa que não arca com suas responsabilidades de cidadão: aguardar a perícia após uma batida; pagar as despesas do conserto, uma vez que bateram na traseira do meu carro; fazer pouco caso de justiça e ignorar as leis de trânsito. Enfim, sem conduzir com bom senso uma situação problema nas ruas de São Luís, não creio que consigam lidar com questões mais complexas do município que administram.

Vamos refletir sobre isso!

Feira do Artesanato Mundial


 Feira do Artesanato Mundial (Fam) traz a cultura de mais de 20 países para São Luís
 
              Quando a gente viaja, sempre fica aquela vontade de trazer um pedacinho do lugar onde visitamos para casa. Mas como não é fácil conhecer o mundo inteiro, o mundo inteiro agora virá até você. Em novembro, a Feira do Artesanato Mundial (Fam) traz para São Luís (MA) a cultura e o artesanato de mais de 20 países. A Feira, uma promoção da Charph Eventos, será aberta na próxima sexta-feira, 04, no Espaço Renascença, e ficará em exposição até o dia 13 de novembro.
             Os amantes da decoração vão adorar o exotismo dos acessórios do Senegal, as bio-jóias da Indonésia e os objetos de decoração de Bali. Os visitantes também terão a oportunidade de comprar e conhecer os belos lustres turcos feitos pelo artesão Ibraim. Para os que preferem peças árabes, artesãos da palestina, Síria, Líbano, Marrocos, Egito e Paquistão vão expor suas peças a preços super acessíveis. O artesanato africano vai ser representado por Gana.
         Para o diretor presidente da Charph Eventos, Charlton Gallisa, os objetos étnicos dão um tom de personalidade e sofisticação aos ambientes. “Há objetos e móveis deslumbrantes que são a cara do lugar em que foram feitos: Bali, Índia, Tailândia e África. Misturar as peças étnicas ao que você gosta naturalmente, e ao que já existe na sua casa, é a melhor pedida”, disse Gallisa. Ele informa que “uma máscara étnica, por exemplo, pode ficar linda em uma sala sem muitos atrativos, dá um toque exótico e sem exageros desnecessários. O importante é diversificar e fazer um ambiente que fique aconchegante e com seu jeito”, conclui.
           A diretora executiva da Charph Eventos, Hilda Alves, informa que a Feira do Artesanato Mundial proporcionará aos visitantes a possibilidade de “viajar” em busca de novas culturas. “Com este evento trazemos diversos artigos artesanais típicos de cada país, de cada cidade turística representada na Fam, com diversas matérias primas, que são utilizadas para criar peças de arte que a própria imaginação não consegue entender”, afirma.
            A Feira do Artesanato Mundial surge como alternativa de lazer para os turistas presentes na capital maranhense adquirirem produtos vindos de diversos países, com destaque para os trabalhos de marchetaria com chifres e madre-pérola, aplicados em objetos de decoração e utilidades para o lar, vindos da Índia. “São vasilhas, pratos, talheres e aparelhos de jantar que irão encantar o público”, finaliza Hilda.

Sobre a FAM:
 Evento: FAM - Feira do Artesanato Mundial
Local: Espaço Renascença
Quando:  04 a 13 de novembro
Quanto: R$ 5,00 (cinco reais) entrada
e livre para todas as idades
Entrada gratuita para: Crianças até 12 anos, melhor idade acima de 60 anos e deficientes físicos.
Quem promove: Charph Eventos

terça-feira, 25 de outubro de 2011



26 de outubro
Lançamento do livro OUTUBRO DE 71: MEMÓRIAS FANTÁSTICAS DA GUERRA DOS MUNDOS
19h, Palácio Cristo Rei, Praça Gonçalves Dias, São Luís (MA).

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Memória de Pedra - IPHAN e a Gestão do Patrimônio Arqueológico

Fachada do IPHAN-MA no Centro Histórico de São Luís

Na terça-feira gravamos o último depoimento para o Memória de Pedra, desta vez com a Superintendente do IPHAN no Maranhão, Kátia Bogéa. Depois de um começo tenso por conta do mal entendido quanto a dia e hora de gravação e talvez por saber que a fala do Poder Público que faria teria que abarcar determinadas cobranças referentes a gestão do patrimônio arqueológico de São Luís, consiguimos fluir num papo respeitoso e produtivo.

Em meia hora falamos do potencial arqueológico na Ilha de São Luís; das recentes descobertas na área da refinaria de Bacabeiras, com achados de 9.200 anos antes do presente, datado em laboratório nos EUA. Pela datação já é o artefato mais antigo do Maranhão; discutimos sobre a dificuldade na preservação dos Sambaquis e também falamos do crescimento desordenado da cidade e da possível, mas não ideal atividade de salvamento nas "obras pública e privadas de desenvolvimento" pelo Maranhão.

Kátia destacou os projetos para um futuro bem próximo, tais como a revitalização da Fábrica Santa Isabel, a transferência dos cursos de História, Hotelaria e Turismo da UFMA para o centro histórico com uma espécie de hotel escola e centro de convenções - investimentos na ordem de 18 milhões e criação de um setor de arqueologia para guardar e expor os mais de 35 mil artefatos encontrados recentemente nos salvamentos realizados pelo Maranhão.

Além disso, Kátia destacou o projeto de São Luís fazer parte das cidades Iluministas do mundo, por conta de seu traçado racionalista da época pombalina - com a realização de um grande evento no final de 2012 e um centro cultural com estúdio de gravação para os grupos de Tambor de Crioula.

O trabalho agora no DOC é fazer a decupagem das cenas e partir para a edição. Ainda estou na dúvida se gravo uma cena dando aula na escola pública sobre arqueologia pré-histórica, uma vez que estudo o tema há anos, ou um dos poucos que utiliza este conteúdo nas salas de aula e sou autor do único livro de História do Maranhão que aborda a temática da arqueologia pré-histórica. Além do mais, pode ser útil para fechar algum buraco na montagem do filme. Tô em dúvida mesmo.

Hoje no papopoético de quinta quero assistir ao documentário que Paulão tanto comentou no dia da gravação do seu depoimento: um francês que andou por aqui e Bequimão nos anos 70 e teria influenciado até Murilo Santos. Veremos.

Por enquanto, o filme tem permanecido no rumo inicial do roteiro - não sei se isso é bom ou ruim. Continuo ansioso com a montagem que começa a partir de amanhã.

Abaixo algumas fotos que fiz com o telefone,  na Praça Pedro II - Local de fundação da cidade de São Luís em 1612, durante gravação da possíveis últimas cenas gravadas de Memória de Pedra. Neste período que antecede as chuvas faz um calor infernal na cidade, mas as cenas do fim de tarde ficam incríveis:
Pça. Pedro II - Local de fundação da cidade de São Luís em 1612

Pôr do sol nas muralhas do Palácio dos Leões: casal namora entre o mar e os rios bacanga e anil

auto-retrato: no reflexo de um carro - só assim para eu sair nas fotos, rsrsr

Parede do palácio dos Leões: cena de vandalismo com o patrimônio público

Sônia Guajajara na Finlândia

Líder indígena Sônia Guajajara na Filândia

Conheci Sônia Guajajara (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira - COIAB)  durante a Semana dos Povos Indígenas no Maranhão, desde então tenho me impressionado com seu desenvolvimento político:articulação, oratória e liderança. Vez ou outra nos falamos pelo MSN, ela na Dinamarca, Rio, Manaus...e agora manda notícias de sua passagem pela Finlândia. O texto veio por email e resume sua participação no evento, leiam:

“A política de desenvolvimento no Brasil é baseada em grandes obras e estas obras visam apenas o desenvolvimento econômico”, afirmou a vice-coordenadora da COIAB, Sonia Guajajara, que participou na semana passada, de uma série de palestras e atividades em Helsinque, na Finlândia, sobre desenvolvimento e os direitos indígenas. O evento teve a organização da Fundação SIEMENPUU.

O evento foi uma grande articulação, onde os representantes indígenas e minorias de diversas partes do mundo, como Indonésia, Índia, África, América Latina puderam falar um pouco das suas histórias de luta e resistência, com o objetivo de denunciar o drama dessas realidades.

Para a liderança da Amazônia, os relatórios que a comunidade europeia recebe do governo brasileiro não dizem a verdade. “Aqui vocês podem receber a notícia de que o Brasil vai bem, que o país está crescendo. Entretanto, só cresce para os políticos e latifundiários, donos do capital, ao contrário do que é propagandeado para o exterior. Essas informações que o Brasil divulga, não dizem que quanto mais o país cresce economicamente mais os povos indígenas são marginalizados, mais aumenta a situação de vulnerabilidade e mais direitos são violados”, afirmou Sonia.

A líder Guajajara denunciou ainda que as convenções internacionais, das quais o Brasil é signatário, não são respeitadas e não passam de simples letras no papel. “Por mais que se tenham Direitos, como na Constituição, na Declaração da ONU e Convenção 169 da OIT, não quer dizer muito, porque esses direitos não são cumpridos. Então recomendo ao país da Finlândia que defenda a continuidade do apoio da União Europeia e do Conselho Europeu para os povos indígenas no Brasil, pois a realidade dos povos indígenas continua necessitando de ajuda estrangeira para lutar pela implementação de direitos”.

Sonia Guajajara lembra que a União Europeia está, assim como muitos parceiros internacionais, retirando o apoio aos projetos sociais no Brasil, em virtude dessa propaganda que o Governo Brasileiro garante ir tudo bem por aqui. “O Brasil pode ser uma grande potência, mas o governo não respeita os direitos dos povos indígenas. Para nós a miséria só tem aumentado, pois o país cresce à custa de nossas riquezas”.


A Fundação SIEMENPUU também organizou um festival de filmes com o tema “Deslocamentos causados pelo desenvolvimento e problemas ambientais”.
“A política de desenvolvimento no Brasil é baseada em grandes obras e estas obras visam apenas o desenvolvimento econômico”, afirmou a vice-coordenadora da COIAB, Sonia Guajajara, que participou na semana passada, de uma série de palestras e atividades em Helsinque, na Finlândia, sobre desenvolvimento e os direitos indígenas. O evento teve a organização da Fundação SIEMENPUU.
O evento foi uma grande articulação, onde os representantes indígenas e minorias de diversas partes do mundo, como Indonésia, Índia, África, América Latina puderam falar um pouco das suas histórias de luta e resistência, com o objetivo de denunciar o drama dessas realidades.

Para a liderança da Amazônia, os relatórios que a comunidade europeia recebe do governo brasileiro não dizem a verdade. “Aqui vocês podem receber a notícia de que o Brasil vai bem, que o país está crescendo. Entretanto, só cresce para os políticos e latifundiários, donos do capital, ao contrário do que é propagandeado para o exterior. Essas informações que o Brasil divulga, não dizem que quanto mais o país cresce economicamente mais os povos indígenas são marginalizados, mais aumenta a situação de vulnerabilidade e mais direitos são violados”, afirmou Sonia.

A líder Guajajara denunciou ainda que as convenções internacionais, das quais o Brasil é signatário, não são respeitadas e não passam de simples letras no papel. “Por mais que se tenham Direitos, como na Constituição, na Declaração da ONU e Convenção 169 da OIT, não quer dizer muito, porque esses direitos não são cumpridos. Então recomendo ao país da Finlândia que defenda a continuidade do apoio da União Europeia e do Conselho Europeu para os povos indígenas no Brasil, pois a realidade dos povos indígenas continua necessitando de ajuda estrangeira para lutar pela implementação de direitos”.

Sonia Guajajara lembra que a União Europeia está, assim como muitos parceiros internacionais, retirando o apoio aos projetos sociais no Brasil, em virtude dessa propaganda que o Governo Brasileiro garante ir tudo bem por aqui. “O Brasil pode ser uma grande potência, mas o governo não respeita os direitos dos povos indígenas. Para nós a miséria só tem aumentado, pois o país cresce à custa de nossas riquezas”.
A Fundação SIEMENPUU também organizou um festival de filmes com o tema “Deslocamentos causados pelo desenvolvimento e problemas ambientais”. 

Hoje tem Documentário no Papo Poético


Dia 20 / 10 / 2011, às 19h30.

1. Exibição do documentário “LE BONHEUR EST LÀ-BAS, EN FACE”, um média metragem (filmado no Maranhão na década de 70 (São Luís e comunidade quilombola rural de Ariquipá – Bequimão), em película 16mm) 
do cineasta francês Jean-Pierre Beaurenaut.
Estilo de documentário que influenciou Murilo Santos e a partir daí se expandiu dentre alguns superoitistas.

2. A recente experiência em propiciar um encontro dos personagens com suas imagens fotografadas e filmadas por Murilo Santos entre 1975 e 1982. Exibição de breves imagens (6 minutos) gravadas em Ariquipá durante a primeira exibição do “LE BONHEUR EST LÀ-BAS, EN FACE” em 2010.

O filme também remete a uma discussão sobre a cidade, comunidades quilombolas, migração etc.

 Sebo do Chiquinho.  RUA DE SÃO JOÃO (ESQUINA COM RUA DOS AFOGADOS, ONDE TEM UM SEMÁFORO), 389 – A, ALTOS DO BANCO BOMSUCESSO, ENTRADA PELA RUA DE SÃO JOÃO. Lá funciona um barzinho; som de primeira. Papos sobre arte e cultura. Espaço para leituras de poesia, contos e performances.
Convite: Paulo Melo de Sousa (Paulão)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Memória de Pedra - Jornalismo Científico no Maranhão


O Memória de Pedra tem rendido papos bacanas, nesta segunda-feira foi a vez do jornalista e poeta Paulo Melo de Sousa, o Paulão gravar seu depoimento. Uma hora de conversa gravada sobre Jornalismo Científico, Arqueologia e Ecologia no Maranhão. Paulão é amigo de longa data, mas sua indicação foi feita por Deusdédith Leite do Museu de Arqueologia: "É um dos poucos que escreve com competência matérias de ciência no jornalismo maranhense". Além disso, Paulão participou de escavações com o prof. Olavo Correia Lima nos anos 80.

Na casa dele, na rua do Alecrim gravamos o penúltimo depoimento para o DOC - só falta a fala do Poder Público, na pessoa de Kátia Bogéa do IPHAN. Estou no aguardo de sua confirmação. Depois disso, começamos a edição. Wesley (Faculdade São Luís, Club Gourmet) já foi requisitado. Confesso que a parte que me deixa mais ansioso e aflito é a montagem do filme. Afinal de contas é onde tudo pode dar certo ou errado.

O lance da Trilha enrolou: temos um tema musical, um músico camarada e competente, mas se fizermos algo inédito, como era a ideia inicial, teremos custos com estúdio de gravação e técnico para fazer a mixagem. Não sei se vai rolar. Quanto a animação, a ideia tá entregue nas mãos dos camaradas André Amorim e Ted Magalhães - vamos ver o que rola. O braço já está fora do gesso, então agora posso dizer: mãos à obra!



Realidade Sintética: a artesania de uma identidade urbana


O Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIS/  UFMA) convida para a palestra:
Realidade sintética: a artesania de uma identidade urbana 
Palestrante: Prof. Dr. João Batista Bitencourt (UFMA)
 
Dia: 18 de outubro de 2011 (terça-feira), 18 horas
Local: Sala de aula do Mestrado em História
         Bloco 1, Térreo, Prédio do CCH, Campus do Bacanga

domingo, 9 de outubro de 2011

"Mão a Obra"


Normalmente eu diria mãos a obra, mas a imagem fala por si só. Ainda bem que foi o punho esquerdo. O trabalho não para e "El comandante mismo con el brazo roto sigue adelante". 

Debaixo de um sol de rachar eu e o Rafael Pirata passamos a tarde desta quinta-feira pelas bandas de São José de Ribamar. Captamos somente externas - imagens de um antigo sambaqui que registrei dez anos atrás onde ainda se via restos de mariscos e que agora desapareceram sob as casas, posto de gasolina, lava jato...
Fracassamos também na ideia de fazer imagens das praias de Boa Viagem, Juçatuba, Ponta Vermelha a partir do monumento de São José de Ribamar. O sol intenso não permitiu imagens aproveitáveis. Valeu pelo passeio.

Aproveitamos para filmar as obras da Via Expressa no Jaracaty. No fim de tarde as cenas ficaram boas. O objetivo era registrar o crescimento da cidade, grandes obras, erguimento de prédios naquela região e por outro lado, a área de mangue sendo reduzida e o solo sendo escarafunchado sem estudos arqueológicos. Porém, segundo informações extra-oficiais haverá uma licitação para contratação de arqueólogo para acompanhar a construção da Via Expressa.

O médico, músico e primo Luís Alfredo, que mora em São Paulo está desenvolvendo a trilha - talvez original - para o filme. Na terça discutiremos melhor os detalhes. Precisamos de um técnico de som que se encarregue das mixagens. Por outro lado, a dupla André Sioux e Ted Magalhães estão tentando se afinar para produzir a animação.

Na segunda pela tarde vamos para mais uma rodada de entrevistas com o jornalista Paulo Melo de Sousa e o professor de arqueologia da UFMA Alexandre. Na terça rola uma espécie de reunião geral e depois do depoimento da diretora do IPHAN no Maranhão, lá pela quinta ou sexta começamos a edição.

Aproveitei o final de semana para devorar mais dois documentários: Loki e Coração Vagabundo - confesso que não ando muito interessado no conteúdo, mas na forma de narrar a história. Recomendo os dois, em especial o primeiro. Confesso que só com Loki pude compreender de fato o significado da Tropicália. Além deste, sugiro ainda outros documentários locais e nacionais que tem me influenciado.
Bom filmes, bom trabalho e "mão a obra"!

Bom Te Ver
 http://youtu.be/wtTuhRkAY4Y
Neste o destaque é a própria personagem narrando a sua história de vida, o documentário de Colombo leva você ao universo íntimo e muito humano de uma figura, por que não dizer folclórica da cidade, revela como se tivessemos no bar batendo papo com ela.

Vips - O documentário
 http://youtu.be/OHwGVMVAuu0
Neste documentário além do personagem, me interessou a narrativa em primeira pessoa, a relação do narrado com o personagem - a interação quebrou toda possibilidade de monotonia do DOC que é bem mejlho que o longa. Fortaleceu muito a ideia do próximo DOC que por enquanto ainda é segredo - a alma do negócio.

Busólogos
http://youtu.be/CG7eLeXvH2E
vídeo de 12 minutos e pouco - quase o tempo que deve ter o Memória de Pedra - sobre um tema urbano, local, ao mesmo tempo raro e comum: apaixonados por ônibus - feito pela turma da FAAP. Esse relato do cotidiano me interessa, quase crônica de fatos comuns que ganham um contorno curioso nas mãos do documentarista.

PACIFIC
Narrativa cansativa, mas ousada no sentido de deixar os próprios personagens contarem sua história. pareceu-me uma subversão aos documentários institucionais. Exibido recentemente numa mostra no Cine praia grande. Reforçou ainda mais minha opção por este tipo de narrativa


O Ateliê de Luzia
Não disponível na rede e DVD
excelente documentário sobre a relação antropológica da arte rupestre com o pixe. apesar de se alongar e ficar cansativo depois de 50 minutos é ainda uma grande referência, sobretudo nas inserções de animações. Não consegui retorno no contato com os autores.

Lamento a carência de mais DOCs disponíveis na rede, locadoras e TVs - tô aceitando sugestões.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Memória de Pedra - O roteiro


Assim surgiu o roteiro do documentário Memória de Pedra - no quadro magnético da Faculdade São Luís. O assunto já estava há anos na cabeça, mas era preciso organizá-lo para as filmagens. Utilizei uma técnica pedagógica que havia aprendido em um curso do Pueri Domus em São Paulo chamada de Mapa Conceitual, onde as ideias são interligadas, encadeadas numa sequencia conceitual.

A colega e parceira na produção do documentário, no alto de seus vinte e poucos anos estava ali para garantir que o professor aqui não fizesse um roteiro com cara de aula. Mas o fato é que em poucos minutos o quadro já estava todo tomado (foto). Tínhamos então um roteiro antes das primeiras filmagens. Francisco Colombo aprovou, tá aprovado.

É verdade quando dizem que uma câmara na mão e uma boa ideia na cabeça é tudo para um filme.Mas se você não é um gênio como Glauber Rocha e dispõe de pouco tempo para editar, é melhor tem um roteiro básico para seguir nas filmagens. ajuda muito a focar na captação de imagens e entrevistas. Fizemos, então o que pode se chamar de meio termo. Mas sei que um roteiro mas detalhado terá que ser feito para edição. É como digo: ele já está na cabeça! Está vindo!

Descobri um site muito interessante sobre roteiros, acho que a dica foi da Michelline Helena (Fortaleza), quando fiz a oficina de produção de roteiros com ela no Guarnicê de 2009 na própria Faculdade São Luís. Li vários, em especial, o famoso Ilha das Flores. Confesso que fiquei mais tranquilo quando descobri que quase todos os filmes partiam de um primeiro roteiro, muito diferente do que terminavam - havia então uma versão oficial, feita geralmente após a gravação de tudo. Tropa de Elite não foi assim! Capitão Nascimento não era principal até que alguém sacou que ele era o cara do filme, embora aparecesse em poucos minutos. Não teve jeito, chama o ator de novo e pede para ele gravar o áudio. Eis que o Capitão Nascimento vira o narrador e protagonista. Bingo!

Memória de Pedra já evoluiu bastante, depois de várias entrevistas desmarcadas esta semana, partimos hoje a tarde para gravar cenas externas de áreas que deveriam estar protegidas e viraram prédios públicos ou privados. Vamos registrar algumas obras públicas para caracterizar o crescimento "desordenado" da cidade ou a tentativa caótica de ordenar. Na segunda-feira mais uma sequencia de entrevistas.

Cá estou eu novamente com o braço imobilizado por conta de um jogo de futebol. Serão mais 10 dias. Agora fica mais difícil carregar o pesado equipamento de filmagem e/ou digitar textos como este. Mas não posso reclamar quando tudo vai bem. Não tenho dúvida do acerto que foi a escolha da equipe: Rafael Pirata, Jacelena Dourado, Wesley (edição), Francisco Colombo (orientação/assessoria/motivação)...e cada vez chegando mais: Luís Alfredo topou fazer a trilha sonora (agora só falta o estúdio) e a dupla Ted Magalhães e André Sioux já estão montando as cenas de animação. Vamo que vamo! "Nós somos fogo, nós somos fogo, nós somos fogo e gasolina".

Eis o link do site que disponibiliza os roteiros de documentários, incluiindo o clássico Ilha das Flores:
http://www.roteirodecinema.com.br/roteiros/documentarios.htm

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Teatro: História de Todos os Dias

‎6ª Mostra SESC Guajajara de Artes Apresenta:
"História de Todos os Dias"
Dia 23/10 às 20:00h No Teatro João do Vale
Produção: Cia Miramundo Produções Culturais
Texto e Direção: Michelle Cabral
Elenco: Fatima Di Franco,Heriverto Nunes e Ricardo Torres.
Iluminação e Operação: Nina Araújo
Caracterização: Marcelo Andriotti
Figurino: Michelle Cabral
Sonoplastia: Alan Fonseca
Operação de Som: Diana Mattos
Fotografia e Filmagem: Paulo Socha
Design Gráfico: José Raimundo



via facebook

Relançamento da Revista Pitomba


Bate-papo sobre a polêmica envolvendo a revista e leitura de poemas.
Dia 06 / 10 / 2011, às 19h30.
Já são 10 (dez) meses de debates (desde 25 de novembro de 2010), no Sebo do Chiquinho.  RUA DE SÃO JOÃO (ESQUINA COM RUA DOS AFOGADOS, ONDE TEM UM SEMÁFORO), 389 – A, ALTOS DO BANCO BOMSUCESSO, ENTRADA PELA RUA DE SÃO JOÃO. Lá funciona um barzinho; som de primeira. Papos sobre arte e cultura. Espaço para leituras de poesia, contos e performances.


Coordenação: Paulo Melo Sousa.
Fone: 88245662

Essência da natureza em cartaz

Exposição fotográfica reúne imagens de parques e jardins urbanos

Registrar aspectos da natureza inseridos em ambientes urbanos como os parques e jardins públicos é a essência da exposição fotográfica  Parques e Jardins Urbanos, no Parque Botânico Vale (Anjo da Guarda) da cineasta e fotógrafa maranhense Maria Thereza Soares. A mostra é patrocinada pelo Parque Botânico Vale e abertura, no dia 11 de outubro, será às 10h.   
Durante a exposição, como atividade paralela relacionada a questões ambientais, será realizada a palestra “A contribuição da Legislação Ambiental para a formação das cidades sustentáveis”, ministrada pela prof. msc. e advogada Lorena Saboya Vieira. A palestra será realizadas às 10h30, no dia 13, no auditório Sumaúma, no Parque Botânico Vale.
Com imagens de 29 parques e jardins urbanos nacionais e internacionais, as imagens datam de diferentes épocas, sendo a mais antiga realizada há sete anos. Em 2004, para um trabalho da disciplina do curso de cinema, Linguagem Fotográfica, da Universidade Federal Fluminense (UFF), Maria Thereza escolheu como tema de um ensaio, imagens do Parque Guinle, do Rio de Janeiro. De lá para cá, a artista começou a selecionar diversas imagens, mas ainda não tinha a ideia de transformar o material em uma exposição. “A ideia surgiu porque eu já gostava de fotografar parques, jardins, flores, mas não pensava em fazer disso uma exposição. Eu já costumava visitar esses lugares”, recorda.
Mesmo sem a intenção de realizar uma exposição, Maria Thereza começou a captar imagens de outros espaços com características semelhantes.  No Brasil, imagens de parques do Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, do Parque Botânico Vale, entre outros parques de São Luís. De cenários internacionais, Maria Thereza escolheu parques localizados em Santiago, Buenos Aires, Nova Iorque, Barcelona, Londres e em cidades da França.
Essa é a primeira exposição fotográfica de Maria Thereza Soares, segundo ela, na seleção de  fotografias para a exposição, centenas de imagens ficaram de fora, desse material, é possível que seja realizada uma segunda exposição, mas ainda sem definição. Nos registros presentes na exposição, flores, animais e pessoas serviram de inspiração para as lentes sensíveis da fotógrafa. Dos locais em destaque,  imagens registradas nos parques e jardins de importante valor histórico, tais como os jardins da casa de Rui Barbosa, o Parque Güel criado por Antoni Gaudí, o Parque do Flamengo projetado por Burle Marx, os parques reais ingleses The Green Park e St. James´s Park, além dos Jardins Botânicos de Buenos Aires, Rio de Janeiro e Curitiba, entre outros.
A pesquisa estará disponível também na Internet, no site que estará disponível a partir da data de abertura da exposição, no endereço: www.parquesejardinsurbanos.com.br. Para mais informações sobre a exposição e palestra: 98. 3218-6244 e 3218-6245 e pelo email parquesejardinsurbanos@gmail.com

domingo, 2 de outubro de 2011

Documentário "Memória de Pedra"

Eu e Rafael Pirata no Sambaqui Itapari - Praia da Ponta Verrmelha  

Há muitos anos que insisto na discussão sobre o período pré-colonial maranhense: sambaquis, estearias, artefatos líticos, utensílios ceramistas, arte rupestre, muiraquitãs...temas que me fascinam muito. Agora, já não bastasse um mundo de tarefas e atribuições estou nesta nova e ousada investida - fazer um documentário com esta temática.

A ideia é coletar depoimentos de especialista e interessados no assunto, mostrar a relação das pessoas com o acervo pré-histórico, imagens dos sítios e do Museu de Arqueologia. Se o filme funcionar vai levantar uma reflexão importante durante a celebração dos 400 anos de São Luís em 2012. Fazer as pessoas olharem para o chão, para o solo. A princípio era para ser um DOC abordando toda a pré-história do Maranhão, mas por razões financeiras ficará cincunscrito a Ilha de São Luís.

Oportunismo, mesmo. Cinema não é barato! Para a empreitada conto com o apoio da Faculdade São Luís, orientação do experiente Francisco Colombo, fotografia e imagens de Rafael Pirata e a parceria de Jacelena Dourado na produção. Serão por volta de 13 minutos. Já temos 4 horas de filmagens e ainda faltam, pelo menos mais 3. Tudo saindo do próprio bolso, nada de recursos públicos.

Como já conhecia o assunto muito bem, a parte de pesquisa não foi difícil, mas o roteiro não é nada fácil, ainda tô penando um pouco. Não quero que o filme fique com cara de reportagem ou de telecurso 2000. Imagina a edição? Uma coisa por vez. tenho tentado alguém para fazer a animação de algumas cenas e a trilha sonora original, tudo na base da camaradagem, claro! Não é fácil! Alguém se habilita?

Vamo que vamo! Já percorremos vários sítios de sambaquis da Ilha de São Luís (empilhadores de conchas) acompanhados do arqueólogo Deusdédith Leite do Museu de Arqueologia: situação deplorável de abandono pelo poder público. Sobre isso, ainda entrevistaremos Kátia Bogéa do IPHAN. tenho a sensação de estar realizando um sonho e contribuindo para uma questão patrimonial, social e cultural - jornalista e historiador, duas pontas atadas a serviço da sociedade.

Quando lancei o meu livro levai algumas porradas, penso que com o filme não será diferente, mas ainda acredito que a construção de uma obra fala mais alto que uma carreira baseada na destruição do trabalho alheio. A uma altura desta da evolução humana, ninguém mais vai inventar a roda, mas muito pode ser feito, sobretudo respeitar e valorizar o trabalho de figuras que andam meio esquecidas e até renegadas como Raimundo Lopes e Olavo Correia Lima.

O certo é não vou precisar de convite, na festa dos 400 anos eu já tô dentro e não tô sozinho.

Veja mais fotos:

arqueólogo Desudédith fazendo Educação Patrimonial  

Moradora do Gapara conversando sobre sambaquis e pedras de raio: coisa do diabo?

au-au: acompanhando as filmagens no Gapara: quem disse que não teríamos público!

Trio de Pedra: Rafael Pirata, Jacelena Dourado e eu (Sambaqui Itapari)

Com o Prof.Alexandre Correia  - excelente depoimento para o filme

Eliane Leite o Museu de Arqueologia - falou com o coração

III Encontro de Estudos Culturais



O evento promove debates sobre temas emergentes da Teoria Cultural atual. Convidamos os interessados a participarem com pesquisadores, profissionais e estudantes, locais e de outros estados, na apresentação de trabalhos, pesquisas e produções universitárias de diversas áreas do conhecimento. Palestras, mini-curso, comunicações, performances, conferências, etc. Inscrições com direito a certificado. De 16 a 18 de novembro de 2011. Local: Auditório do Jornal O IMPARCIAL. 
Mais Informações: http://crisol-gpec.com.br/site/ 
Promoção: CRISOL - Pesquisas e Estudos Culturais:

Apoio: FAPEMA, FACSL, DCE/UFMA, O IMPARCIAL.