quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Ceará: XIII Festival Jazz e Blues



O Festival acontece em Guaramiranga (Carnaval - 18 a 21/02), Fortaleza (24 a 26/02) e Sobral (25/02) com shows pagos e gratuitos.

No Carnaval, o jazz e o blues vão compor a trilha sonora de milhares de pessoas em Guaramiranga, no Ceará. É a 13ª edição do Festival Jazz & Blues, que começou em 2000 como um evento inusitado, deu certo e conquistou um lugar cativo no calendário cultural brasileiro. Hoje, a pequena cidade serrana, com menos de 6.500 habitantes, é destino certo de mais de 12 mil “foliões às avessas” de todo o país. Eles buscam diversão com boa música, interpretada por grandes instrumentistas nacionais e internacionais. Tudo isso, usufruindo também da beleza natural de um dos mais belos destinos turísticos do Ceará.

O 13º Festival Jazz & Blues acontece de 18 a 21/02 (Carnaval) em Guaramiranga. Na quarta-feira de cinzas desce a serra, para mais shows em Fortaleza, de 24 a 26/02 e Sobral, 25/02. Serão muitas horas de boa música em shows, ensaios abertos, conversas com instrumentistas e outras atividades.

Em GUARAMIRANGA no Carnaval

Este ano, o Carnaval jazzístico terá entre as atrações nomes dos EUA, Cuba, Israel, Bélgica e Brasil. Para os shows das 17h e 21h: Omar Puente (Cuba), Jaques Morelenbaum e o Cello Samba Trio (RJ), Atiba Taylor (EUA) com Artur Menezes (CE), Gadi Lehavi Trio (Israel) com Ravi Coltrane (EUA), Yamandu Costa (RS), The L.X.G. (EUA), Roberto Taufic e Eduardo Taufic (RN), Grupo Solar com Tatiana Parra (SP), Marco Lobo (BA/RJ), Gabriel Grossi (SP), Cainã Cavalcante (CE) e Puro Malte (CE). Também às 17h acontece o Toca Jazz, programa destinado a apresentações musicais dos alunos participantes das Residências Artísticas, acompanhados por seus professores. Para esquentar as jam sessions, de meia noite às 3h da manhã, o palco do Festival é do projeto Casa do Blues, com a banda De Blues em Quando, o guitarrista e cantor Felipe Cazaux (CE) e a banda Blues Label (CE).

A exemplo de 2011, os ensaios abertos (16h), shows (17h e 21h) e jam sessions em Guaramiranga acontecerão na Cidade Jazz & Blues, uma estrutura de 1.500m2, dos quais, 850 de área coberta, erguida na rua principal, no espaço do campo de futebol. Na Praça do Teatro Rachel de Queiroz, a principal da cidade, diariamente às 15h haverá o Café no Tom, que é um bate-papo com uma das atrações do festival.

No Ginásio da Praça da Prefeitura acontecerá nos quatro dias, às 10h, oficina de Cortejo com o músico Vanildo Franco. É de lá que sai o Cortejo, às 16h, no sábado e terça de Carnaval. Em Pacoti, cidade vizinha a Guaramiranga, diariamente no Campus da Universidade Estadual do Ceará (UECE) haverá um seminário aberto ao público, que inclui um curso de história do jazz às 10h e palestras às 14h tendo como enfoque a carreira do músico, abordando mercado cultural, redes sociais, gravação de CD e formação de coletivo de música. De toda a programação do Festival na serra, apenas os shows das 21 horas têm venda de ingressos.

Guaramiranga localiza-se a 110km da capital, na Área de Proteção Ambiental do Maciço de Baturité, com cachoeiras e a beleza da flora característica da Mata Atlântica. Fica a 865 metros, com temperatura amena que pode chegar a 15º.

Em FORTALEZA e SOBRAL após o Carnaval

Depois do Carnaval, o Festival Jazz & Blues aporta em Fortaleza (24 a 26) e Sobral (25), levando para o público das duas cidades grandes shows, com acessos pagos e gratuitos, em espaços diversos, reafirmando a proposta do Festival de difundir a boa música, formar plateia e estimular novas gerações de instrumentistas no Ceará. 

Dois desses shows acontecem durante o Carnaval em Guaramiranga. Gadi Lehavi Trio (Israel) com Ravi Contrane (EUA) se apresentam em Fortaleza no Teatro Via Sul (24) e em Sobral no Theatro São João (25). Também no dia 25 o cubano Omar Puente é atração no Teatro Via Sul. Quem abre e fecha a programação pós-Carnaval em Fortaleza é o carioca Danilo Caymmi. No dia 24 ele faz um duo com o violonista Flávio Mendes no Cuca Che Guevara e no domingo, 26, apresenta com banda o show de lançamento do novo CD, Alvear, no Anfiteatro Flávio Ponte (Volta da Jurema).

FORMAÇÃO MUSICAL

Nos meses de dezembro e janeiro 600 estudantes e arte educadores de 21 cidades cearenses participaram gratuitamente de Oficinas de Sensibilização para a Cultura Musical (16h/aula), que integram o projeto Música é para a Vida. A atividade é uma parceria da Secretaria da Educação do Estado (SEDUC), com a Sociedade Cearense de Jornalismo Científico e Cultural e o Festival de Jazz & Blues, e tem a coordenação pedagógica do professor Heriberto Porto, do Departamento de Música da Universidade Estadual do Ceará (UECE).

A ideia do projeto Música é para a Vida é dar a alunos e professores da rede pública a possibilidade de acesso ao amplo universo da música, através de um programa que contempla desde a sensibilização para iniciantes até a formação mais aprofundada para alunos já familiarizados com a prática instrumental, conciliando formação artística, inclusão social e protagonismo juvenil.

Dentre os 600 participantes destas oficinas, 100 alunos e 20 arte educadores participarão de Residências Artísticas que acontecerão no Campus de Educação Ambiental e Ecologia da UECE, em Pacoti, de 11 a 17 de fevereiro, semana que antecede o Festival na serra. Das Residências também vão participar 10 estudantes de música da UECE. Entre os professores das Residências Artísticas, estão quatro das atrações do Festival Jazz & Blues. São eles, o belga residente em São Paulo Henri Greindl (Grupo Solar), o pianista Eduardo Taufic (RN), o percusionista Marco Lobo (BA/RJ) e o multiinstrumentista cearense Cainã Cavalcante. Também são professores das Residências os músicos Widor Santiago, Miquéias dos Santos e Ricardo Pontes.

Após a realização das aulas e práticas de conjunto, os alunos continuarão seu processo pedagógico, permanecendo na serra para participar do Festival Jazz & Blues, em Guaramiranga e do seminário em Pacoti durante o Carnaval. Acompanhados por seus professores, os alunos terão a oportunidade de participar de uma programação variada, composta por oficinas, cineclubes com documentários sobre música, além de conferir grandes shows e de se apresentarem no fim de tarde na Cidade Jazz & Blues.



QUEM FAZ O FESTIVAL

O 13º Festival Jazz & Blues é apresentado pelo Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Patrocínio: Instituto Votorantim, Indaiá, Cagece, Governo do Estado do Ceará, Banco do Nordeste e Richester. Apoio Cultural: SP Combustíveis, Prefeitura Municipal de Guaramiranga, Assembleia Legislativa do Ceará e Prefeitura Municipal de Fortaleza. Promoção: Diário do Nordeste. Realização: Via de Comunicação e Cultura e Ministério da Cultura, Governo Federal, Brasil País Rico é País sem Pobreza.

SERVIÇO

13º Festival Jazz & Blues – Guaramiranga (Carnaval - 18 a 21/02), Fortaleza (24 a 26/02) e Sobral (25/02). Apenas os shows das 21h em Guaramiranga e os shows no Teatro Via Sul, em Fortaleza, têm venda de ingressos: R$ 40,00 (inteira) e R$ 20,00 (meia). O restante da programação nas três cidades tem acesso gratuito. A programação está disponível no www.jazzeblues.com.br. Info: 85-3262.7230.

Pontos de Venda - Shows às 21h em Guaramiranga (Cidade Jazz & Blues): À venda em Fortaleza nas lojas Meia Sola (Shoppings Bambuy, Iguatemi, Aldeota e Varanda Mall) e na Bilheteria Virtual (www.bilheteriavirtual.com). Shows às 21h em Fortaleza (Teatro Via Sul): À venda a partir do dia 03/02 na bilheteria do teatro (Via Sul Shopping). 

Jazz & Blues nas redes sociais:
facebook.com/festivaljazzeblues
twitter.com/jazzebluesce
youtube.com/jazzebluesce

Fortaleza: II Blues do Nordeste


II Blues do Nordeste reúne shows de 23 bandas nas duas primeiras semanas de fevereiro em Fortaleza

O Centro Cultural Banco do Nordeste-Fortaleza (rua Floriano Peixoto, 941 – Centro – fone: (85) 3464.3108) realizará a mostra II Blues do Nordeste, nas duas primeira semanas de fevereiro (1º a 4, e 8 a 11).
Num significativo recorte da cena de Blues, com a apresentação de 23 shows musicais, o evento reunirá os principais adeptos do gênero em Fortaleza, além da participação de alguns grupos convidados do Piauí (Clínica Tobias Blues), Rio Grande do Norte (Gustavo Cocentino), Alagoas (Barba de Gato) e Rio de Janeiro (Black Dog). 
“Vale ressaltar a importante parceria com a Associação Casa do Blues, que através de ações desenvolvidas em pontos estratégicos da cidade, há muito tempo vem contribuindo para a formação de novos músicos adeptos ao gênero e de novas plateias”, enfatiza o coordenador da mostra, André Marinho.

Documentários - Dois Olhares Sobre a Cultura Popular


Dois olhares sobre a cultura popular

O que é: Dois olhares sobre a cultura popular é o lançamento de dois documentários, com entrada gratuita:
              - Mané Rabo, do cineasta Beto Matuck
              - Reisado Careta Encanto da Terra, da cineasta Paloma Sá

Local: Casa de Nhozinho (Rua Portugal, Praia Grande, no centro histórico de São Luís – Maranhão – Brasil)

Quando: sexta-feira (27), às 19h30

Em São Luís, vai acontecer, no espaço Casa de Nhozinho (Centro Histórico), no dia 27 de janeiro, sexta-feira, às 19h30, o lançamento de dois documentários
 MANÉ RABO, de 25 minutos, de Beto Matuck, é sobre passagens da vida desse mestre de Boi de Costa de Mão, já falecido, que viveu em Cururupu, município localizado no litoral norte do Maranhão.
“Foram anos de pesquisa e filmagens sobre a vida dele”, explicou Matuck. O trabalho tem o patrocínio de Microprojetos da Amazônia Legal (Fundação Nacional de Arte – Funarte) e Edital Universal, da Secretária de Estado de Cultura (Secma).
Haverá, também, o lançamento do documentário REISADO CARETA ENCANTO DA TERRA, com apresentação do “Grupo Reisado Encanto da Terra” que vem de Caxias. Tem apoio da Prefeitura Municipal de Caxias, por meio da Secretaria de Cultura e Turismo. A captação das imagens e edição são de Alexandre Almeida e a direção de Paloma Sá, mestre em Antropologia pela Universidade Federal do Maranhão, professora da rede pública estadual do Maranhão e pesquisadora das culturas populares brasileiras.
 REISADO CARETA ENCANTO DA TERRA será exibido, no dia 9 de março, sexta-feira, às 15h, no auditório do Instituto Histórico e Geográfico, localizado na antiga linha de trem.  

Sinopses
MANÉ RABO – BETO MATUCK
Documentário que narra, em música e versos, a demonstração de fé do mestre Mané Rabo em manter viva a bricandeira do bumba-meu-boi, n no sotaque de costa de mão, originário da região de Cururupu, no litoral norte do Maranhão. Devoção e simplicidade são os elementos que constroem o enredo dessa história.

Informações técnicas
Foram mais de nove anos em que o cineasta Beto Matuck acompanhou a trajetória de Manoel Romeu “Mané Rabo, na sua luta em manter de pé a brincadeira do bumba-meu-boi.
São mais de vinte horas de materiais em diversos formatos, criando um acervo de importante valia para preservação da memória dessa manifestação cultural.
O formato de finalização do filme é HD 1280X720, com duração de aproximadamente vinte e cinco minutos. 
O projeto é resultado de dois prêmios: de Microprojetos da Amazônia Legal (Fundação Nacional de Arte – Funarte) e Edital Universal, da Secretária de Estado de Cultura (Secma)

Sobre o diretor
O cineasta Beto Matuck viveu parte da sua carreira profissional em São Paulo, onde desenvolveu trabalhos como produtor e diretor. Na área educacional , juntamente com o cineasta  Joel Yamaji,  criaram os Núcleos de Produção Cinematográfica do SENAC-SP e as Oficinas Culturais do Governo de São Paulo. Atualmente vive em São Luís, desenvolvendo projetos de documentários artísticos e educacionais.

Filmografia de Beto Matuck
-         2011- Direção e Produção de Mané Rabo – documentário sobre um mestre do bumba-meu-boi do sotaque de costa de mão.

-         2010/2011 – Arcabouços – documentário experimental sobre o processo criativo do artista plástico Cláudio Costa

-         2009 – Produziu e dirigiu o documentário CURURUPU.

-         2007/2008 - Direção e produção do documentário de média-metragem EM BUSCA DA IMAGEM PERDIDA – Prêmio do Edital Arte e Patrimônio 2007 do IPHAN (em fase de finalização).

-         2007 – Direção e produção do documentário – SEBASTIÃO

-         2007 – Direção e produção do documentário – MESTRE BOGÉA.

-         2004 – Abissais – Vídeo instalação.

-         2003 – O vídeo clipe da banda Mysthical Roots

-         2001 – ANTONIO VIEIRA – UM POEMA PARA O AZUL – Documentário sobre  sambista maranhense

-         2001 – Vídeo Clipe  QUASE NADA de ZECA BALEIRO – S16 mm.

Quem foi MANÉ RABO
O brincante nasceu no dia 11 de abril de 1925. Filho de Gregório Romeu e de Raimunda Nascimento Romeu, sendo o atual responsável pelo animado grupo de Bumba-Boi de Costa de Mão, sotaque característico de Cururupu.
O apelido ele recebeu de herança do pai, que era pescador. Segundo o brincante, “esse apelido, quando eu cheguei no mundo, eu já achei ele, era o apelido do meu pai, Gregório Rabo; ele era curraleiro, fazia pesca em curral de peixe, e quando matavam só um peixe ele só desejava o lado do rabo, pois é o lado que tem menos ossos e espinhas. Então todo mundo começou a chamar ele de Gregório Rabo, e aí todos os filhos dele herdaram o apelido, assim como eu”.
Desde criança, a partir dos 10 anos, Manoel Rabo brincava bumba- boi, participando do grupo do conhecido amo Lulu, que apresentava sua brincadeira no bairro do Jacaré. Ele era o ‘criado’, pois, nesse tempo, o bumba-boi tinha personagens como o Criado, Vaqueiro, Rapaz e Soldado.
O bumba-boi nasceu a partir de um festejo ao glorioso Santo Antônio, que era organizado todo ano por um grupo de pessoas da comunidade, e a esposa do brincante fazia parte do grupo. Até que um dia tiveram a idéia de fazer alguma coisa para fazer o festejo crescer; então utilizaram um cofo e fizeram dele um Boi no dia da procissão, dia 13 de junho, sendo o grupo era só de mulheres. Passaram o dia brincando com esse boizinho até a hora da procissão. No outro ano Manoel mandou fazer um boizinho de buriti, bem pequeno, e as mulheres brincavam com o Boi preso no dedo. “Aí eu fui incentivando a brincadeira, fui convidando uns amigos e então fomos engrazando (misturando) homens e mulheres.
No ano seguinte eu mandei fazer já um Boi grande, fizemos quatro zabumbas, pois o grupo surgiu primeiramente como um Boi de Zabumba, mas como a zabumba ficava muito pesada para ser tocada pelas mulheres, eu resolvi mudar o sotaque para Costa de Mão, logo no ano seguinte, e nós ficamos tocando só no pandeiro”, explica o brincante. O sotaque recebe esse nome pois os pandeirinhos são tocados com a costa da mão. No início quem comandava a brincadeira era dona Ribamar, que saía pela cidade em busca de material, doado pelos moradores. Com a morte de dona Ribamar e com a doença de dona Lucília, que também fazia parte do grupo, a brincadeira ia acabar, mas aí seu Manoel Rabo passou a festa para a casa dele, e a mantém até hoje.
À frente do seu batalhão de intrépidos 46 integrantes, Manoel Rabo toca seu pandeiro com a costa calejada de uma das mãos que lavra a terra desde menino; na outra mão segura uma vela acesa, uma de suas marcas registradas.’. Os instrumentos utilizados pelo grupo de Costa de Mão são os pandeirinhos, os maracás, o tambor onça, o apito, duas caixas (para controlar os pandeiros) e as matracas (tocadas só por mulheres). Antigamente os pandeirinhos eram cobertos com couro de cobra jibóia, camaleão rezingueiro, cutia e até de guaribas, o que exigia a presença de fogueiras para afinar os instrumentos.
A resistência do sotaque permanece e vara as madrugadas de Cururupu com seu ritmo lento, melodioso e contagiante.

REISADO CARETA ENCANTO DA TERRA – PALOMA SÁ

O projeto tem por finalidade fazer o registro audiovisual de saberes tradicionais de uma comunidade localizada no bairro Campos de Belém, Caxias, Maranhão, em especial o Reisado Careta. Sua relevância se dá principalmente pelo ineditismo do tema. Essa manifestação da cultura popular maranhense ainda é pouco difundida no Estado e principalmente em outras regiões do país. Assim, temos essa documentação como um instrumento de valorização do patrimônio imaterial brasileiro.
         O Reisado Careta, é uma manifestação da cultura popular com música, dança, canto e poesia; realizado por agricultores da região do Médio Itapecuru, sertão leste do Maranhão, especialmente na cidade de Caxias. O Reisado Careta é uma festa para louvar Santo Reis e acontece em forma de jornada que simboliza o caminho feito pelos Três Reis do Oriente desde a noite do dia 25 de dezembro até o dia 06 de janeiro, quando os Reis chegaram a Belém. As personagens representadas na brincadeira variam entre seres animais (burrinha, boi, galo, ema, babau), humanos (Nega-véia) e fantásticos (jaraguaia, os caretas), entre outros conforme cada grupo de brincantes apresentar. Os instrumentos também variam entre sanfona, rabeca, banjo, viola, pandeiro, triângulo e tambor. Criação cultural de uma comunidade é baseada em suas tradições.
Os integrantes do grupo “Reisado Careta Encanto da Terra”, que tem como representante Seu Sebastião Chinês, são trabalhadores rurais, colocam linhas de roça em terrenos partilhados com outros agricultores, em interiores próximos de suas residências e  se dedicam à colheita, quebra e extração do azeite e do coco de babaçu. Além do DVD ser uma fonte de renda concreta para seus sujeitos, sua gravação, produção e lançamento exercem um poder de despertar a auto-estima daqueles que dele fazem parte e provoca o interesse da participação daqueles que podem dar continuidade à manifestação.
O projeto, contemplado pelo I Edital Universal de Apoio a Cultura Maranhense, da Secretaria Estadual de Cultura do Maranhão, vai proporcionar a distribuição do DVD “Reisado Careta Encanto da Terra” entre as 85 escolas públicas do município de Caxias, com apoio da Secretaria Municipal de Educação e sua comercialização vai auxiliar na complementação de renda dos brincantes do “Grupo Reisado Encanto da Terra” e investimento na sua manifestação cultural.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Lançamento do DOC Memória de Pedra



MEMÓRIA DE PEDRA- UM DOCUMENTÁRIO SOBRE A ARQUEOLOGIA PRÉ-COLONIAL NA ILHA DE SÃO LUÍS

Às vésperas das comemorações dos 400 anos de fundação da cidade de São Luís pelos franceses faz-se necessário uma reflexão sobre o passado ancestral dos primeiros habitantes, anteriores aos índios encontrados pelos europeus, denominados na literatura arqueológica pré-histórica de paleoíndios.
Estes primeiros habitantes da Ilha chegaram seguindo curso de rios, na busca de alimentos, seja de caça, coleta ou pesca. Por milhares de anos, ocuparam o que viria a ser o Maranhão. Devido ao trabalho minucioso de profissionais da Arqueologia e História é possível reconstruir parte deste acervo a partir de artefatos de pedra, utensílios de cerâmica e restos do que um dia foi moradia desses seres humanos, como por exemplo, os sambaquis.
 Infelizmente, a maior parte dessa história encontra-se enterrada no subsolo por falta de pesquisa, sendo ignorado por moradores que encontram este tipo de material e o descartam e principalmente, sem ações adequadas do Poder Público.
Neste sentido, o documentário em sua ampla capacidade de registrar experiências da realidade com liberdade e particularidades narrativas pode servir como elemento de sensibilização da sociedade na preservação do acervo pré-colonial da Ilha de São Luís, no sentido de conhecer e valorizar a “memória de pedra”, a saber, memória arqueológica pré-histórica.


Sinopse:
O filme aborda a questão do patrimônio arqueológico pré-colonial da Ilha de São Luís no ano de comemoração dos 400 anos da fundação da cidade através de depoimentos de especialistas e da comunidade que vive próximo e até sobre os sambaquis, sítios pré-coloniais onde viviam os “empilhadores de conchas” há milhares de anos, muito antes dos europeus e dos tupis. 


Informações Técnicas:
Gênero: Documentário - DVD - Colorido
Tempo: aproximadamente 40 minutos
Roteiro e Direção: Marcus Saldanha
Produção: Marcus Saldanha e Jacelena Dourado
Imagens: Rafael Pinheiro
Edição: Wesley Costa
Trilha Sonora Original: Luís Fernando Soares
Participação Especial: Celso Borges (poemas inéditos)

Sobre o autor:
Marcus Saldanha é professor de História e jornalista. Escreve no blog Marcushistorico temas ligados a viagem e cultura. Nasceu em Brasília, mas desde criança mora em São Luís. Apaixonado por viagens percorreu mais de 160 cidades do Maranhão para escrever seu primeiro livro: “História do Maranhão” lançado em 2003 por uma editora maranhense. Agora apresenta seu primeiro filme: Memória de Pedra.

O autor fala sobre o filme:
“O MEMÓRIA DE PEDRA é um filme que aborda a questão do Patrimônio Arqueológico Pré-Colonial da Ilha de São Luís - é o primeiro filme que faço e fecha um ciclo de dez anos discutindo e estudando o tema: desde a defesa da monografia de graduação no Curso de História, quando escrevi "Uma Sistematização dos estudos sobre a arqueologia Pré-Histórica no Maranhão".

A ideia incial era documentar o acervo pré-colonial maranhense, mas por falta de recursos, circunscrevi o filme a Ilha de São Luís. Por outro lado, pretendemos aproveitar o gancho das celebrações dos 400 anos de São Luís onde deve-se falar muito do patrimônio colonial, mas puxando a discussão sobre memória, identidade e patrimônio a partir do conhecimento e valorização do acervo arqueológico existente na Ilha e nem sempre respeitado e preservado. 

O vídeo conta com depoimentos do antropólogo e prof. da UFMA, Alexandre Fernandes Corrêa; do arqueólogo e diretor do centro de Arqueologia, Desusdédit Leite, e sua esposa Eliane Leite, responsável pelo setor de Educação patrimonial do Museu; do jornalista e poeta Paulo Melo Sousa; Kátia Bogéa, Superitendente do IPHAN-MA e moradores de áreas próximas aos sambaquis da Ilha de São Luís.

O DOC de aproximadamente 40 minutos, pretende fazer as pessoas olharem para o chão da memória empedrada pelo tempo, pelo cotidiano e pela constante negação. Fazer uma reflexão sobre o passado e reconhecer-se no machado de pedra (pedra de raio, pedra de corisco), seu eu ancestral, muito anterior aos 400.

SERVIÇO:

Lançamento do Documentário Memória de Pedra: Patrimônio Arqueológico Pré-Colonial na Ilha de São Luís

Dia 07 de fevereiro às 19:30

Cine Praia Grande


Entrada Gratuita

Apoio: 


Amor de Bebê, AD Life Style, Posto BR Amsterdã e Faculdade São Luís

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Filme Terra sem Chuva

O vídeo "Terra Sem-Chuva" está entre os vídeos maranhenses mais vistos até hoje. Somente pelo projeto "Vídeo Escola", já foi visto por mais de 4 mil pessoas. O vídeo é dirigido pelo jornalista Jorge Macau, e tem como ator principal o performista Uimar Jr. interpretando um louco.

Prêmios - Placa de Prata (Categoria Maranhão) - Troféu Vídeo-Escola, da Fundação Roberto Marinho -Festival Guarnicê de Cine-Vídeo (1991)
. Melhor trilha sonora adaptada (júri técnico) e pelo júri popular: melhor vídeo nacional e melhor vídeo maranhense. Recebeu ainda Menção Honrosa no Guarnicê, na Categoria Maranhão.
Apoiado em citações do filósofo Friedrich Nietzsche, o vídeo aborda questões fundamentais da vida humana, como a loucura e a lucidez. Neste trabalho, um louco foge do manicômio em busca da lucidez da cidade e, percorrendo-a, depara-se com a verdadeira loucura que lhe aparece como um "sonho" que as pessoas são obrigadas a viver, no dia a dia.
Por fim, o louco acaba retornando ao manicômio, onde poderá viver sua vida em bases mais concretas e mais acertadas. O vídeo mostra aspectos da dura realidade do Lixão do Jaracati, onde hoje está construído o São Luís Shopping Center, além de outros pontos da cidade: Rua Grande, Hospital Psiquiátrico Nina Rodrigues, Viaduto do Palácio dos Leões e casa de D. Terezinha Jansen.
PAPOÉTICO: EXIBIÇÃO DO VÍDEO TERRA SEM CHUVA e BATE PAPO SOBRE LOUCURA E LUCIDEZ

QUINTA-FEIRA – 19.01.2012, às 19 horas, no CHICO DISCOS

COM: UILMAR JUNIOR - ATOR e

MARCELO ANTUNES - PROFESSOR DO CURSO DE FILOSOFIA DA UFMA

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Hotxuá: Documentário sobre índios Krahô


Filme acompanha a vida dos índios Krahô e desvenda os mistérios do palhaço sagrado da tribo


No dia 17 de fevereiro, estreia nos cinemas de todo o país o documentário em longa-metragem “Hotxuá”, que marca a estreia na direção da atriz Letícia Sabatella e do artista plástico e cenógrafo Gringo Cardia. Distribuído pela Caliban Produções, do cineasta Silvio Tendler, o filme foi vencedor do Prêmio do Júri Popular no Festival de Tiradentes de 2009. No mesmo ano, o filme também foi apresentado no Festival de Toulouse, França.
 
O documentário faz um registro poético sobre a tribo indígena krahô, que vive em Palmas, Tocantins, no norte do Brasil. A dupla de diretores acompanhou o dia a dia dos krahô e registrou o maior e mais importante evento da tribo, a Festa da Batata, que marca a mudança da estação chuvosa para a seca e celebra a fertilidade da tribo. Nessa ocasião, também são realizados vários ritos de passagem, inclusive a oficialização de casamentos entre os nativos.
 
O projeto do filme surgiu a partir de uma demanda da própria tribo, quando os próprios índios convidaram Letícia Sabatella para realizar um registro sobre eles que, naquele momento, perceberam que seria importante documentar a sua cultura, como forma de manter viva as suas raízes. “Estive pela primeira vez na tribo em 2001, quando eu e outros atores fomos levados pelo antropólogo e indigenista Fernando Schiavini, por conta de um laboratório que fizemos para uma montagem teatral. Nessa ocasião, criei um vínculo definitivo com os Khahô. Oito anos depois, surgiu o convite”, conta a atriz.
 
Detentores de uma cultura milenar, o povo krahô é um povo sorridente, que considera a alegria um elemento-base de sua sociedade e designa entre seus líderes um sacerdote do riso: o hotxuá, um palhaço sagrado, que é profundamente respeitado pela tribo.  Assim como a figura clássica do palhaço, eles usam a força do humor e do riso para fortalecer a autoestima do povoado, garantindo a sua cultura milenar. Brincando e animando o espírito da aldeia, os hotxuá dissipam disputas, lembram o desapego à ganância, falam o que os outros calam, ensinam o certo ao agir de forma errada e desmistificam o erro.
 
Para conseguir traduzir a poesia contida na cultura krahô e sua cultura ecológica, democrática, preocupada com a diversidade e a preservação ambiental, Letícia e Gringo se inseriram na aldeia, onde liberaram a câmera e captaram mais de 70 horas de filmagem. Os diretores colheram depoimentos dos índios (em merrim, sua língua nativa, e em português), que falam sobre as crenças e o estilo de vida que sustentam e como mantém íntegra a sua sociedade, cuja concepção de mundo é o equilíbrio entre forças opostas e o respeito à diversidade.
 
O documentário também acompanha a rotina do palhaço sagrado Aprakt, mestre dos hotxuás e estrela da festa. Dentre seus muitos afazeres na realização do ritual, o grande líder dos krahô é responsável por garantir que, no momento mais esperado da festa, todos da aldeia possam rir a valer com a apresentação dos hotxuás em torno da fogueira. Após os festejos, os caciques debatem sobre seus problemas e as ameaças que preocupam a tribo. Aprakt toma posição de enfrentar esta ameaça. Com o apoio da tribo, sua tarefa é fazer com que o Kupen (o homem que vem de fora da aldeia com suas máquinas visando o lucro imediato) seja lembrado de sua irmandade com a natureza e com os Krahô.
 
Os índios Krahô não entendem o desamor entre vizinhos e prezam o bem-estar do próximo. Pensam no futuro, mas não permitem que o medo os paralise. Riem e seguem em frente. Gentilmente, da forma orgânica que compreendem o mundo, os krahô vão compartilhando seus costumes, histórias, preocupações e crenças. E, pouco a pouco, a mágica do estilo de vida e da estrutura dessa sociedade vai se revelando.
 
 
Sobre os índios Krahô
Os índios Krahô também são conhecidos por outras tribos como “Os Senhores do Cerrado”, a grande floresta de savana brasileira, que eles lutam para preservar e manter intacto. Os Krahôs têm dois caciques, cada um representando um partido. Duas vezes por dia, promovem uma corrida de toras entre os partidos, para garantir o equilíbrio do ambiente. É importante que nenhum deles ganhe sempre e que a competição seja motivo de fortalecimento e união para todos.
 
Três crenças são primordiais na cultura Krahô: a harmonia da Natureza, a força das plantas e a celebração à vida. Eles consideram que a natureza se divide entre o partido do sol (wakmiyé) e o partido do úmido (katamiyé) e as duas forças são complementares.  Os Krahô acreditam que as plantas foram presente de Caxekwyj, uma estrela que veio do céu e trouxe as sementes. Depois, a estrela se transformou em moça e ensinou o povo a plantar e comer os frutos da terra. Um dia, um índio chegou à roça e as plantas estavam dançando e elas o ensinaram a festejar.
 
Apesar de toda alegria, a tribo krahô também sofre. Eles temem o cultivo desmedido da soja que promove o desmatamento das áreas no entorno do cerrado onde fica a reserva indígena, destruindo a paisagem sagrada e rica de diversas espécies de animais e plantas nativas. Lamentam o uso de agrotóxicos que envenenam os animais, a terra e as águas e se preocupam com a possível construção de uma barragem que pode alagar os terrenos férteis e acabar com a agricultura deles e da população ribeirinha. Não entendem o motivo da ganância que leva os homens a quererem extrair mais da Terra, exaurindo-a.
 
Sinopse – Hotxuá
Registro poético sobre a tribo indígena krahô, um povo sorridente que designa um sacerdote do riso, o hotxuá, para fortalecer e unir o grupo através da alegria, do abraço e da conversa. Acompanhando o dia-a-dia da aldeia no Norte do Brasil, o filme colhe depoimentos dos índios, em sua língua nativa e em português. Eles falam sobre as crenças e o estilo de vida que sustentam e mantém feliz essa sociedade cuja concepção de mundo é o equilíbrio entre forças opostas e o respeito à diversidade.
Ficha Técnica - Hotxuá
Um projeto Kapey União das Aldeias Krahô!
Produzido por: Pedra Corrida Produções e Letícia Sabatella
Distribuído por: Caliban Produções Cinematográficas
Direção: Letícia Sabatella e Gringo Cardia
Produção: José Gonzaga Araújo
Roteiro: Letícia Sabatella, Gringo Cárdia, Alessio Slossel e Povo Krahô
Editor: Quito Ribeiro
Fotografia: Sylvestre Campe
Som Direto: Heron Alencar, Bruno Espírito Santo e Denilson Campos
Trilha Sonora Original: Paulo Santos
Indigenista: Fernando Schiavini
 
Informações Técnicas - Hotxuá
Gênero: Documentário
Ano de produção: 2009
Duração:
 70 minutos
Formato: HDCAM
Classificação indicativa: verificar classificação
Idioma: Português e merrim
Subtítulo: português
Som: dolby digital 5.1
Cor:
 colorido

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sávio Araújo Lança CD no Projeto Papoético



Apontado como um dos grandes instrumentistas brasileiros da atualidade, o saxofonista maranhense Sávio Araújo se encontra em São Luís, e lançará hoje, no Papoético, seu CD “Free Minds”. Sávio já se apresentou em vários países da Europa (Bélgica, Austrália, França, Suíça, Suécia, Portugal) e em Marrocos, tendo participado de festivais importantes como o de música instrumental de Sevilha (Espanha).

Sávio Araújo nasceu São Luís e começou a estudar música em 1978, na Escola de Música do Maranhão. Em 1980 se transferiu para o Rio de Janeiro, e ali morou durante seis anos. Em 1987 foi para a Alemanha, onde morou até o ano seguinte. Em 1989, transferiu-se para Portugal, e ali morou até o ano de 2010, retornando após essa data para o Brasil. No momento, vive no circuito São Luís, Rio de Janeiro, Europa, fazendo a sua base, contudo, em São Luís, a partir de agora.

No âmbito dessa dinâmica, Sávio vai divulgando a sua obra solo, iniciada em 1983, quando ele gravou seu primeiro CD, “Brasiliando”. Em seguida vieram outros discos, tais como “Sávio Araúo Live Quartet”, no qual são interpretados temas de Charlie Parker e Thelonius Monk, dentre outros; na obra, Sávio Araújo demonstra uma sensibilidade ímpar. Ele “bebeu, efetivamente, das melhores fontes - Charlie Parker, Art Pepper, John Coltrane, nomeadamente. Dominando tanto o alto como o soprano, Sávio mostra-se um imporvisador de talento num programa inteiramente preenchido por «standards»", como sobre ele se manifestou a crítica, em 1995. A obra integra uma discografia de 14 Cd’s já lançados pelo saxofonista maranhense.

Dentre os discos lançados, como “For You”, produção independente no qual interpreta músicas de Phil Collins, Frank Sinatra e Sting, Sávio navega por vários ritmos. “Toco músicas internacionais, invisto pelo experimental, contemporâneo, toco jazz, free jazz, então já frequentei vários estilos musicais e, cada vez mais, busco novos horizontes; agora mesmo, por exemplo, estou articulando um projeto, em parceria com um amigo, no qual pretendemos iniciar um trabalho no Centro Histórico de São Luís, a ser desenvolvido a partir de março deste ano. Ainda está em andamento, mas, imaginamos que a ideia seja um ponto de referência cultural em São Luís, no qual pretendo trabalhar em parceria com vários músicos maranhenses, enveredando pelo choro, MPB, jazz, num espaço alternativo como o Papoético, no qual se pode fazer algo diferente em São Luís”, diz Sávio Araújo.

O lançamento do CD “Free Minds”, com bate papo com Sávio Araújo, seguido de uma pequena performance musical do artista acontece hoje à noite, a partir das 19h30, no Chico Discos (rua de São João, nº 389 – A, esquina com rua dos Afogados – Centro de São Luís), em mais uma promoção do projeto Papoético. “A presença do notável artista que é Sávio Araújo em nosso projeto cultural consolida e expande a nossa proposta”, informa o poeta e jornalista Paulo Melo Sousa, coordenador do Papoético, cuja entrada é franca.


Sebo do Chiquinho: RUA DE SÃO JOÃO (ESQUINA COM RUA DOS AFOGADOS, ONDE TEM UM SEMÁFORO), 389 – A, ALTOS DO BANCO BOMSUCESSO, ENTRADA PELA RUA DE SÃO JOÃO.
 
Coordenação: Paulo Melo Sousa.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Rosa Secular II, o bis

Os compositores Chico Saldanha, Joãozinho Ribeiro e Josias Sobrinho reapresentam o tributo aos centenários Assis Valente, Ataulfo Alves, Cartola, Mário Lago, Nelson Cavaquinho e Noel Rosa e aos maranhenses Antonio Vieira, Cristóvão Alô Brasil, Dilu Mello, João Carlos Nazaré e Lopes Bogéa, apresentado em dezembro passado. 


A reprise atende a pedidos e dá-se devido ao grande sucesso do espetáculo, cuja primeira versão venceu o Prêmio Universidade FM 2011 na categoria "melhor show". 


Participações especiais de Célia Maria, Lena Machado, Lenita Pinheiro e Léo Spirro. 


Dia 14 de janeiro (sábado), às 22h, no Bar Daquele Jeito (Vinhais). Ingressos: R$ 20,00 (R$ 10,00 para estudantes com carteira).

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Exibição e debate do documentário "Memória de Pedra"



MEMÓRIA DE PEDRA- UM DOCUMENTÁRIO SOBRE A ARQUEOLOGIA PRÉ-COLONIAL NA ILHA DE SÃO LUÍS

Às vésperas das comemorações dos 400 anos de fundação da cidade de São Luís pelos franceses faz-se necessário uma reflexão sobre o passado ancestral dos primeiros habitantes, anteriores aos índios encontrados pelos europeus, denominados na literatura arqueológica pré-histórica de paleoíndios.
Estes primeiros habitantes da Ilha chegaram seguindo curso de rios, na busca de alimentos, seja de caça, coleta ou pesca. Por milhares de anos, ocuparam o que viria a ser o Maranhão. Devido ao trabalho minucioso de profissionais da Arqueologia e História é possível reconstruir parte deste acervo a partir de artefatos de pedra, utensílios de cerâmica e restos do que um dia foi moradia desses seres humanos, como por exemplo, os sambaquis.
 Infelizmente, a maior parte dessa história encontra-se enterrada no subsolo por falta de pesquisa, sendo ignorado por moradores que encontram este tipo de material e o descartam e principalmente, sem ações adequadas do Poder Público.
Neste sentido, o documentário em sua ampla capacidade de registrar experiências da realidade com liberdade e particularidades narrativas pode servir como elemento de sensibilização da sociedade na preservação do acervo pré-colonial da Ilha de São Luís, no sentido de conhecer e valorizar a “memória de pedra”, a saber, memória arqueológica pré-histórica.

Sobre o autor:


Marcus Saldanha é professor de História e jornalista. Escreve no blog Marcushistorico temas ligados a viagem e cultura. Nasceu em Brasília, mas desde criança mora em São Luís. Apaixonado por viagens percorreu mais de 160 cidades do Maranhão para escrever seu primeiro livro: “História do Maranhão” lançado em 2003 por uma editora maranhense. Agora apresenta seu primeiro filme: Memória de Pedra.

O autor fala sobre o filme:

“O MEMÓRIA DE PEDRA é um filme que aborda a questão do Patrimônio Arqueológico Pré-Colonial da Ilha de São Luís - é o primeiro filme que faço e fecha um ciclo de dez anos discutindo e estudando o tema: desde a defesa da monografia de graduação no Curso de História, quando escrevi "Uma Sistematização dos estudos sobre a arqueologia Pré-Histórica no Maranhão".

A ideia incial era documentar o acervo pré-colonial maranhense, mas por falta de recursos, circunscrevi o filme a Ilha de São Luís. Pretende-se aproveitar o gancho das celebrações dos 400 anos de São Luís onde deve se falar muito do patrimônio colonial, mas puxando a discussão sobre memória, identidade e patrimônio a partir do conhecimento e valorização do acervo arqueológico pré-colonial existente na Ilha, nem sempre respeitado e preservado. 

O filme conta com depoimentos do antropólogo e prof. da UFMA, Alexandre Fernandes Corrêa; do arqueólogo e diretor do centro de Arqueologia, Desusdédit Leite, e sua esposa Eliane Leite, responsável pelo setor de Educação patrimonial do museu; do jornalista e poeta Paulo Melo Sousa; Kátia Bogéa, Superitendente do IPHAN-MA e moradores de áreas próximas aos sambaquis da Ilha de São Luís.

O DOC de aproximadamente 40 minutos, pretende fazer as pessoas olharem para o chão da memória empedrada pelo tempo, pelo cotidiano e pela constante negação. Fazer uma reflexão sobre o passado e reconhecer-se no machado de pedra (pedra de raio, pedra de corisco), seu eu ancestral, muito anterior aos 400".

Informações Técnicas
Filme: documentário
Tempo: aproximadamente 40 minutos
Roteiro e Direção: Marcus Saldanha
Produção: Marcus Saldanha e Jacelena Dourado
Fotografia: Rafael Pinheiro
Edição: Wesley Costa
Trilha Sonora Original: Luís Fernando Soares
Participação Especial: Celso Borges (poemas inéditos)
Apoio: Faculdade São Luís

SERVIÇO

Exibição seguida de debate do documentário "Memória de Pedra"

Papoético: Chico Discos (Rua de São João, esquina com rua dos afogados, 389 – A, Altos do banco Bomsucesso).

05 de janeiro de 2012

A partir das 19 hs