Hoje (26) às 20 hs no Centro de Criatividade Odylo Costa, Filho, no Centro Histórico de São Luís, O Centro Cultural Banco do Brasil, Programação Itinerante apresenta em Vozes de Mestres, o show da chilena Tita Parra, neta da lendária Violeta Parra (compositora, cantora, instrumentista, tapeceira, pintora e militante dos direitos humanos).
Na vivência oferecida ontem à noite, ao público maranhense, Tita apresentou canções, vídeos e histórias do Chile e de sua avó. Fiquei pensando, sobre o legado que carregamos conosco, o que nos cabe nos ombros. Ontem, Violeta Parra (autora de “Volver a Los 17” e “Gracias a la Vida”) estava onipresente.
Numa entrevista dada para uma TV suíça nos anos 60, vemos Violeta pintar, bordar, costurar, tecer, fazer máscaras, tocar, cantar e dançar. Em francês, com a simplicidade de uma filha de camponesa, ela explica a predominância de sua cor nas telas: “É a cor do meu nome”...”seria necessário uma assistente para limpar os pincéis, como não tenho, uso as cores que consigo limpar o pincél”. Simples assim. “Comecei a bordar quando adoeci e fiquei acamada por uns 8 meses. Para não ficar ociosa me pus a bordar uma flor, mas surgiu uma índia, uma pessoa”. Simples assim, como dizem Amir Sater e Renato Teixeira, “o simples que resolve tudo”.
A entrevista continua: “Violeta, se tivesses que escolher apenas um meio de expressão, qual seria?”
“Prefiro as pessoas”. Insistindo a entrevistadora, Violeta opta pela pintura e justifica que nela, nem sempre retrata as alegrias.
Numa entrevista dada para uma TV suíça nos anos 60, vemos Violeta pintar, bordar, costurar, tecer, fazer máscaras, tocar, cantar e dançar. Em francês, com a simplicidade de uma filha de camponesa, ela explica a predominância de sua cor nas telas: “É a cor do meu nome”...”seria necessário uma assistente para limpar os pincéis, como não tenho, uso as cores que consigo limpar o pincél”. Simples assim. “Comecei a bordar quando adoeci e fiquei acamada por uns 8 meses. Para não ficar ociosa me pus a bordar uma flor, mas surgiu uma índia, uma pessoa”. Simples assim, como dizem Amir Sater e Renato Teixeira, “o simples que resolve tudo”.
A entrevista continua: “Violeta, se tivesses que escolher apenas um meio de expressão, qual seria?”
“Prefiro as pessoas”. Insistindo a entrevistadora, Violeta opta pela pintura e justifica que nela, nem sempre retrata as alegrias.
Tita, em espanhol, através de trechos de canções, falou da importância de sua vó para a cultura popular chilena e latino-americana, influenciando artistas do mundo todo. Cantou canções sobre os pampas chilenos, área deserta conhecida pela exploração mineral e calor, ao norte do Chile. Denunciou a omissão do governo chileno diante da situação dos índios na região sul do país e cantou algumas cuecas chilenas. Todos batendo palmas, curiosos, deixando-se embalar pelas cuecas - Dança nacional chilena equivalente ao samba ou ao frevo brasileiro. E encerrou a vivência com a convidada Déa Trancoso (artista brasileira do Vale do Jequitinhonha-MG) declarando seu amor pelo Brasil, improvisando “Coração Civil” (Milton Nascimento/Fernando Brant) e “Apesar de Você”(Chico Buarque) – a última, segundo Tita, o hino nacional brasileiro.
Vá ao show hoje ouvir e dançar Cuecas.
Texto: Marcus Saldanha
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