A minha maré, na Ilha, tá boa. O vento tá soprando leste, na direção de Meca. Olha só:
Na sexta por apenas 15 reais (meia para estudantes e correntista do Banco do Brasil) o espetáculo "O caminho para Meca", parte da programação itinerante do Centro Cultural Banco do Brasil. A peça pegou em cheio o público maranhense com as curujas da artista africâner Ellen Martins. Cleyde Yáconis, Patrícia Gaspar e Cacá Amaral deram vida de forma magistral ao texto de Athol Fugar. - Como pode, esse desconhecido sul-africano, lá de longe arrebatar a gente desse jeito. Claro e escuro, vida e morte, encontros e desencontros, o amor e a lição de jamais nos interditar, mesmo no deserto.
Seguindo a programação do evento, sábado rolou um bate-papo gratuito com os mestres Pai Euclides (Casa Fanti-Ashanti), Humberto do Maracanã, Décio Marques e Pena Branca mediado pela baiana do Vale do Jequitinhonha, Déa Trancoso. No Teatro Odylo Costa Filho, o projeto Vozes de Mestre trazia a um pequeno público as histórias de vida e cantorias de mestres da música popular brasileira de raiz na busca pelas resposta do grande desafio de descobrir quem somos nós e como chegamos a ser o que somos. Nada de Filosofia academicista. Humberto contando dos sambas que fazia, Pai Euclides discorrendo sua sabedoria divina, Décio Marques cantando nos versos caipira sua esperança no olhar de uma criança e Pena Branca cheio de pataquada. Quanta sabedoria, no simples que resolve tudo, como sempre dizem Almir Sater e Renato Teixeira.
E no domingo, encerrando a programação, o espetáculo "O Brasil: Clássico Caipira" merecia casa lotada. Azar de quem perdeu o maestro Joaquim Tavares na regência de Trenzinho Caipira, clássico de Heitor Villa-Lobos, cantado por Pena Branca, Genésio Tocantins, Décio Marques e As Galvão. Tristeza do Jeca, Beijinho Doce, Disco Voador, Rancho Fundo, Chalana, Romaria e Luar do Sertão desfilaram nas vozes dessa gente que bateu macio na cabeça da gente. Acordem maranhenses para o Brasil Caipira que salta de nossas janelas querendo ainda abrigo na alma.
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E a locadora Backbeat agora é a minha Meca. Meu álcool, meu vício será comungar do seu rico acervo. Para começar bem a semana: Edith Piaf, Domingos de Oliveira e Narradores de Javé.
Fica agora posto que -nenhuma mulher deve viver sem antes conhecer a vida de Leila Diniz e Edith Piaf e nenhum homem deve amar sem conhecê-las. Elas serão nossa iniciação na arte de amar.
Na sala de aula, na segunda, indiquei qualquer coisa sobre essas duas grandes mulheres: a bela fera e a fera da bela voz.
E mais - que nenhum poeta, ou homem que ama, deixe de "ler" os filmes de Domigos de Oliveira, pois assistí-los, é pouco.
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3 e 4 de setembro tem Paulinho Pedra Azul lançando o CD "Lavando a Alma" que comemora os seus 27 anos de carreira no Teatro Arthur Azevedo.
E vocês? O que andam fazendo da vida? Tão felizes?
Texto e foto: Marcus Saldanha
Foto: Cenário da peça "O Caminho para Meca"
BAckBeat eu conheço delonga data! Vai a dica: "Filhos do Paraíso", não falo nada... fique curioso e assista.
ResponderExcluir"O Brasil: Clássico Caipira" foi domingo!!! Sem palavras, pura emoção... inarrável!
Para a semana da Pátria estou programando um saída até CEDRAL terra de camarão peixe e muito mais... quero seguir de barco a vela pela "procissão marítima"...
Podem conferir depois em: http://www.flickr.com/photos/tsujima/
Grande abraço!
Marcos, Amo tuas dicas. Beijos! Ariane
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