Olá,
A parisiense Ségolène Michaud fez a aventura da sua vida. Partiu das Ilha Canárias com um colega, num barco à vela de 6 metros até o Maranhão. Foram semanas no atlântico numa viagem acompanhada via internet (google Earth) pela antropóloga da Universidade Federal do Maranhão Rose Panet.
Em São Luís, tivemos a oportunidade de nos conhecer durante a Semana dos Povos Indígenas no Maranhão 2009 e descobrirmos uma grande afinidade: mel.
A partir de uma orientação da nutricionista Conceição Matos, passei a consumir mel diariamente da produção do "mestre" conhecedor da "ciência da abelha", Joselias. Apicultor de uma cooperativa maranhense, Joselias trabalha com abelha africana e Tiúba, estudando e produzindo mel e pólen.
Segolène, atualmente estuda em Paris, duas das mais de 30 línguas maias existentes e se interessa por mitos americanos relacionados ao mel. Apresentada ao "mestre" Joselias, conheceu e encantou-se com a produção do mel e pólen da abelha Tiúba, nativa do Maranhão.
Num bate-papo descontraído e multicultural preciosidades da cultura maia, francesa e da baixada maranhense. " O clima na França não é propício para a apicultura devido a variação de temperatura, mas usamos mel em bolos, doces e no pão com manteiga", disse Segoléne, acrescentando: " o meu interesse é conhecer mais sobre abelha na América para entender mais ainda os ritos dos povos pré-colombianos associados a apicultura. No México existem as abelhas africanas que são mais agressivas que as daqui, por isso são criadas longe do convívio humano". Ela ficou impressionada com as caixas de abelha Tiúba (abelhas sem ferrão) no terraço da casa de Joselias.
O apicultor nos presenteou com uma verdadeira aula sobre o ciclo de produção da Tiúba. "Estou constantemente viajando pelo Brasil e pelo Maranhão para discutir, ensinar e aprender mais sobre apicultura e "lá fora" todo mundo fica impressionado com as propriedades do mel e pólen da Tiúba. Aqui em São Luís, tem um oficial do Corpo de Bombeiros que usou o pólen da Tiúba para auxiliar o tratamento de um câncer. Depois de curado toda família passou a consumir. É proteína pura", disse Joselias.
Segoléne provou e levou para Paris o mel e o pólen da Tiúba. Aliás, levou mais ainda: a simpatia e a ciência de um mestre conhecedor da apicultura no Maranhão: Joselias.
João do Vale já cantava: "A ciência da abelha, da aranha e a minha muita gente desconhece..."
(Na foto acima: Joselias, Segolène Michaud e Marcus Saldanha)
Texto e foto: Marcus Saldanha
Marcus,seria bom se ela viesse ate Picos(PI),cidade conhecida como capital do mel para conhecer um dos metodos de beneficiamento.Abraço!
ResponderExcluirMenandro Andrade
Rapaz encomenda pra mim 1 garrafa de mel com seu Joselias cara... e Picos é a cidade natal de Juscelino Barão.
ResponderExcluirVÊ se consegue alguma coisa sobre o projeto Darcy Ribeiro>Abraço.
ResponderExcluirÓtima matéria! Para conhecer mais sobre nossa abelha do maranhão a tiúba visite: www.meliponarioalencar.blogspot.com
ResponderExcluirUm abraço! Francisco Carlos Alencar