O ex-Titã e tribalista agora é rei do iê-iê-iê e é nessa pegada com aeroporto caótico e ruas esburacadas que desembarca em São Luís para um show bancado pelo projeto Petrobrás o poeta e cantor paulista Arnaldo Antunes. Para agradar fãs dos anos 80? Para entreter a estudantina ou para ser decifrado por intelectuais? Vai saber! O cara vem e forte: temporadas em Brasília, São Paulo e Petrópolis cantando com casa cheia.
O CD e DVD mais recente é o Ao Vivo Lá em Casa, onde mistura elementos internacionais com a MPB e comemora os sewus 50 anos de vida. O que ainda é capaz este senhor? Por enquanto Arnaldo se mantem vivo e em várias cenas. Tocam com jovens talentos músicas experimentais e experimenta sonoridades batidas, como a Jovem Guarda e a popularidade de poeta. Tudo na melhor das contradições urbanas.
Como se sairá na província de São Luís? Tantas perguntas, tantos floemas e blá-bl-a-blá. O melhor é sentar e esperar. Ouvir e talvez dançar ou pensar durante o show de sexta. Enquanto isso que tal ler um dos 16 livros de poema de Arnaldo Antunes ou escutar um dos seus 12 trabalhos gravados pós Titâs. E deixe esse papo de Não vou me Adaptar, pois como diz o poeta: bactéria num meio é cultura.
Texto: Marcus Saldanha
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