terça-feira, 2 de março de 2010

Quem não puxa o saco, puxa carroça?

Pasmem! A frase "Quem não puxa o saco, puxa carroça" está afixada em uma das salas da administração do Hospital Carlos Macieira.


Acho que estou puxando carroça. Ainda não fiz a cirugia. Na segunda (01-03) pela manhã não haviam leitos disponíveis no hospital do IPEM e o médico da UDI negou-se a fazer o procedimento diagnosticado.

Saibam que em casos de dores abdominais fortes em pacientes sem a vesícula é um sintoma de cáculos nas vias biliares. O diagnóstico e tratamento mais eficiente é a Colangiopancreatografia Endoscópica Retrógrada. O procedimento é feito numa sala de hemodinâmica com equipamentos e acessórios caros. No Maranhão apenas dois médicos fazem o procedimento: Dr. Flávio Haidar (SOGASTRO) e Dr. Elian Oliveira Barros (UDI).

Pasmem novamente! O procedimento não está disponível na rede pública de saúde e nem nos convênios particulares. e custa na média de valores cobrados pelos dois cinco mil reais.

O texto da Constituição Federal Brasileira em seu artigo 6 dos Direitos e Garantias Fundamentais afirma que a saúde é um direito social. Pagamos por ela nos impostos e no caso dos servidores públicos, também em nossos contra-cheques. Saibam que nosso direito está sendo negado.


OS FATOS

Ontem (01-03) após uma consulta com o DR. Elian na UDI (50 reais) foi reforçada a necessidade do procedimento já diagnosticado anteriormnente pelo generoso Dr. Cláudio Teixeira (SOGASTRO) e Flávio após uma forte crise na quinta-feira passada. Fazendo o pré-operatório (150 reais na UDI) e conseguindo a autorização no IPEM a cirurgia seria marcada para terça ou quinta. O médico auditor do Hospital Carlos Marcieira Dr. Josué A. Vieira Filho autorizou a colangiopancreatografia retrógrada na UDI, mas o Dr. Elian negou-se a marcar a cirurgia alegando que o hospital do IPEM estava em débito com ele.

Podemos pagar a cirurgia, mas se assim fizermos estamos abrindo mão de um direiro que temos. Sou professor, servidor público estadual, cidadão e o Estado não pode se eximir das suas responsabilidades comigo.

Hoje à tarde estaremos com nosso advogado na administração do IPEM informando que a autorização dada não serviu de nada e que o caminho agora será jurídico. Sei que ganharemos, mas não era para ser dessa forma.

Quando o Ipem será um hospital de alta complexidade ao invés de complicado para conseguirmos consultas, exames e cirurgias?

Que seja em breve, e que eu tenha saúde para viver isso, sem puxar saco ou puxar carroça.

2 comentários:

  1. É fogo! Isso pra não usar um termo mais pesado. Saúde é um direito mínimo da população que não pode ser negado pelo Estado, ainda mais que como tu falaste não é um direito gratuito (direta ou indiretamente estamos pagando por ela, e esse "indireto" é mais caro ainda. É só calcular qt pagamos de impostos). Não deveria ser necessário ter amigos, influências ou puxação de saco para que esse direito seja validado. É uma pena! Eu e o Mário seguimos na torcida e orando pra tudo ficar bem! Te amo muito! Jana

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  2. Marcos, eu fico indignado, revoltado com esse estado de calamidade que é a nossa saúde, ou a falta dela. Em pleno março de 2010, nós ainda precisarmos se quisermos ser bem atendidos nos hospitais deste nosso estado puxar o saco, mas prefiro puxar carroça a puxar o saco dessa gente. Para eles São Paulo, Estados Unidos é bem ali, e para nós? Para nós os corredores dos socorrões da vida, falo os corredores, camarada, precisa ver como ficam lotados.
    Faça valer seu direito vá à promotoria da cidadania, a imprensa e desmascare esse engodo que a propaganda desse governo, na propaganda estamos nos melhores dos mundos já realidade é muito diferente.
    No ano passado minha cunhada teve um diagnostico de aneurisma, muito parecido com o da Governadora, ela coitada não pode ir a São Paulo ou aos Estados Unidos e teve que se contentar em ser operada no Hospital Dutra, mas primeiro precisou ir à promotoria da cidadania para eles conseguirem os stends que lhe salvariam a vida.
    Uma amiga minha não teve a mesma sorte, só fez a operação após esperar um ano inteiro pelo os tais stends, e por aí vai.
    Vou contar uma estória, que acredito será importante para todos nós nas horas difíceis.
    Havia um Rei que queria uma resposta que servisse tanto para quando as coisas estivessem dando errado, para quando estivessem dando certo, para isso consultou o maior sábio de seu tempo. O sábio ouviu suas considerações. No final lhe entregou um livro com apenas 2 paginas, lhe dando a seguinte recomendação: Quando tudo estiver dando errado para seu reino leia a primeira página e quando tudo estiver dando certo leia a segunda página. Começou no reino uma onda de fome, peste, guerras, nada mais de tão ruim poderia acontecer, então ele lembrou-se do livro, pegou abriu e estava escrito: “ISTO VAI PASSAR”, com a certeza que tudo ia passar ele convocou todo o reino a trabalhar e mudou a atitude do povo e virou o jogo, quando tudo estava bem e o povo o aprovava, ele lembrou-se novamente do livro, abriu a segunda página, onde estava escrito: “ISTO TAMBÉM VAI PASSAR”’. A lição desta estória é que o tempo tudo apaga, tudo resolve.

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